Bancada evangélica da Câmara defende Marco Feliciano
A
bancada evangélica da Câmara dos Deputados saiu nesta segunda-feira (8)
em defesa da permanência de Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da
Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Casa.
Em uma sessão de homenagem à Igreja
Assembleia de Deus, no plenário da Câmara, deputados evangélicos
dispararam recados aos líderes partidários, que se reúnem nesta
terça-feira (9) com Feliciano para discutir a sua manutenção à frente do
grupo.
Os líderes devem fazer um apelo para que
ele deixe o cargo. Desde que assumiu o posto, no dia 7 de março, o
parlamentar virou alvo de protestos que o acusam de racismo e de
homofobia. Ele nega e resiste em deixar a presidência da comissão. De
acordo com o regimento da Casa, ele não pode ser destituído.
A interlocutores Feliciano disse que
defenderá o direito a ter condições de trabalho na comissão. Segundo o
deputado, a decisão de fechar as reuniões do grupo para o público
externo foi uma tentativa de manter a ordem diante das manifestações.
Para integrantes da bancada evangélica,
Feliciano sofre preconceito por ser do segmento religioso. “Se deixar
prevalecer meia dúzia de ativistas porque não têm visão igual à nossa,
podemos colocar 2, 3, 4 milhões de cristãos na porta dessa Casa”,
afirmou o deputado Takayama (PSC-PR).
Para ele, os integrantes da bancada
evangélica não aceitam o rótulo de homofóbicos. “Nós nunca nos opusemos a
que os simpatizantes da homossexualidade ou de qualquer outra visão
ocupem a presidência de comissões, mas quando temos a oportunidade de
colocar um presidente em uma comissão, querer dizer que não podemos?”,
questionou.
O deputado Nilton Capixaba (PTB-RO)
também saiu em defesa do colega. Afirmou que Feliciano está sendo ferido
em seu direito à liberdade de expressão. “Ele fará chegar o direito
humano às pessoas que precisam”.
Outros congressistas que participaram da
sessão disseram que qualquer tipo de proposta que legalize o aborto,
regulamente a prostituição como profissão ou descriminalize as drogas
não terá apoio da bancada.
Contrária
A ministra Maria do Rosário (Secretaria
dos Direitos Humanos), que visitou uma exposição no Congresso sobre
holocausto, cobrou uma ação da Câmara e do Ministério Público contra
Feliciano.
Para ela, as declarações do deputado
incitam o ódio e a violência, e a situação de Feliciano já ultrapassou
as barreiras da comissão. “Incitar a violência e o ódio é atitude
ilegal, inconstitucional, e as autoridades também estão sujeitas à lei”,
afirmou.
Fonte: Verdade Gospel
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