Coreia do Norte condiciona diálogo a fim de sanções


A Coreia do Norte exigiu nesta quinta-feira (17) a retirada das sanções impostas ao país pela ONUpor seus testes nucleares e de mísseis , e um compromisso dos EUA de não se envolverem em exercícios militares com a Coreia do Sul como condições para o diálogo com Washington.
O comunicado do Departamento de Polícia da Comissão de Defesa Nacional, o principal gabinete do país, foi divulgado quatro dias depois que Pyongyang rejeitou a última oferta de conversa com Seul.

AP
Soldados sul-coreanos conversam durante exercícios militares em Paju, perto da fronteira com a Coreia do Norte

Os EUA afirmam estar preparados para conversar com a Coreia do Norte, mas Pyongyang deve primeiro diminuir as tensões e honrar acordos de desarmamentos realizados anteriormente. "Diálogos nunca podem vir juntamente com ações de guerra", disse o comunicado, divulgado pela agência de notícias estatal do país KCNA.
"Se os Estados Unidos e o fantoche do Sul têm o menor desejo de evitar uma martelada do nosso Exército e do povo... e realmente desejam o diálogo e negociações, eles devem tomar uma decisão firme", disse. "Em primeiro lugar, as resoluções com sanções do Conselho de Segurança da ONU que foram fabricadas com motivos injustos devem ser retiradas."
Antes das conversas acontecerem, o comunicado afirma que os EUA também devem retirar todas as armas nucleares da Coreia do Sul e da região. Também diz que a Coreia do Sul, por sua parte, deve parar com todos os diálogos anti-Coreia do Norte, como seu recente anúncio no qual culpou Pyongyang por um ciberataque que derrubou centenas de sistemas de computadores, servidores, emissoras e bancos sul-coreanos no mês passado. A Coreia do Norte negou qualquer responsabilidade sobre o ciberataque.
Nesta quinta, o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul caracterizou as exigências do Norte como ilógicas. "Novamente pedimos que a Coreia do Norte pare com esse tipo de insistência que não conseguimos compreender totalmente e faça uma escolha sábia", disse o porta-voz Cho Tai-young.
Nas últimas semanas, a Coreia do Norte aumentou as tensões na dividida península, ameaçando atacar os EUA e a Coreia do Sul por causa dos exercícios militares conjuntos e pelas sanções impostas pela ONU por seu terceiro teste nuclear realizado em fevereiro. Pyongyang caracterizara os exercícios anuais como invasões. Autoridades da Coreia do Sul também afirmaram que o Norte está prestes a fazer um teste de míssil de médio-alcance, capaz de alcançar o território americano de Guam.
Os contínuos exercícios anuais, chamados de "Foal Eagle", estão programados para acabarem no fim de abril. Autoridades de Seul e Washington dizem que os treinos têm natureza defensiva e que não possuem intenções de invadir o Norte. Os EUA possuem cerca de 28,5 mil tropas na Coreia do Sul para ajudar a deter um potencial ataque do Norte, legado da Guerra da Coreia (1950-1953). A guerra terminou com um armistício, mas não com um tratado de paz.
Fonte: Ig

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