Órfãos de cristãos são torturados na Coreia do Norte
Há órfãos norte-coreanos sendo “duramente torturados” quando se descobre que são cristãos. A denúncia está sendo feita por ativistas de direitos humanos e defensores da liberdade de culto reunidos esta semana para debater a situação na Coreia do Norte.
O encontro, promovido pela North Korean Freedom Coalition atraiu algumas dezenas de participantes para a Universidade de Georgetown, em Washington.
Outro aspecto que chama atenção são as provas apresentadas de que o governo chinês é cúmplice dessas atrocidades. Um desertor norte-coreano que falou no evento, mas não teve sua identidade revelada, contou histórias angustiantes sobre os órfãos na Coreia do Norte. Muitos deles tiveram os pais assassinados por causa da sua fé em Jesus.
Lim Hye-Jin, uma das líderes da Nova União de Mulheres da Coréia, contou como alguns desses órfãos haviam conseguido fugir com os pais para a China, mas foram mandados de volta quando seus pais morreram. Pelos menos três deles foram enviados para um campo de prisioneiros políticos, que funciona como um verdadeiro campo de concentração.
“De acordo com a lei norte-coreana, todo menor de 18 anos deveria ser protegido e não poderia ser enviado para um campo de prisioneiros políticos. Contudo, nesse caso, por que eram cristãos e frequentavam uma igreja, eles foram “torturados duramente”. Os outros órfãos vindos da China foram enviados para um campo de reeducação”, explica Lim.
Ainda segundo ele, a identificação de que eram cristãos deu-se pelos calos nos joelhos, pois passavam muitas horas nessa posição orando.
Falso deus
Suzanne Scholte, fundadora e presidente da Defense Forum Foundation, denunciou que a maioria dos organismos internacionais tem conhecimento do que acontece na Coreia do Norte, mas não toma iniciativa alguma para mudar a situação.
Um jornalista do Christian Post perguntou por que o regime norte-coreano considera o cristianismo tão ameaçador que tortura até crianças.
“O regime dos Kim estabeleceu-se com o apoio dos cristãos”, explicou Scholte. Kim Il Sung, o fundador da dinastia que se mantém no poder desde a fundação do país, tinha ao seu lado líderes cristãos que se opunham ao controle do Japão sobre a Coreia.
Entretanto, explicou ela, Kim Il Sung, avô do atual presidente, “perverteu o propósito que ajudou a declarar a independência do país e tentou se estabelecer como um deus”.
Imediatamente começou a receber a maior oposição daqueles que tinham uma fé forte. “Então, se você é cristão e acredita em Deus [e não no ditador] isso é visto uma ameaça direta ao regime”, concluiu.
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