Pastor Silas Malafaia vê motivação política em ações de ativistas gays contra ele e diz: “Raça ninguém escolhe. Ser gay é preferência”


O pastor Silas Malafaia concedeu uma extensa entrevista em que fala sobre as diversas polêmicas envolvendo seu nome, o viés político da maioria das situações em que seu nome é citado e seu longo histórico de embates com ativistas gays.
Para o pastor, a questão envolvendo o pedido de cassação de seu registro profissional de psicólogo na Avaaz tem ligação com suas posturas políticas, pois o representante da ONG no Brasil tem ligação com o Partido dos Trabalhadores: “Todo mundo sabe que quem protege a causa gay no Brasil é o PT, mais do que ninguém. E todo mundo sabe que eu fui contra eles, o PT tem bronca de mim. Mandei e-mail para o Avaaz nos Estados Unidos detalhando toda essa cachorrada”.
Malafaia pontuou que a decisão de retirar a petição favorável a ele ocorreu apenas depois que a petição contrária foi superada, e que a maneira como a Avaaz conduziu o episódio demonstra imparcialidade: “Quer dizer que petição contra mim cabe na política do site? A meu favor não cabe? Dez dias depois? Tinham de barrar lá no início então”, afirmou Malafaia, na entrevista à revista Exame.
Sobre a matéria da revista Forbes, que o apontou como terceiro líder evangélico mais rico do Brasil, com patrimônio de US$ 150 milhões, o pastor disse que seguirá em frente na sua intenção de processar a publicação: “Estou preparando toda a documentação para o processo. E acredito que na semana que vem já entramos com tudo, meu advogado já foi aos EUA. Vou entrar bonito porque o que os caras fizeram foi outra safadeza. Eu tenho 300 milhões? Só quem tem essa informação é a Receita Federal e só se pode ter acesso a isso com requisição de quebra de sigilo fiscal. Não tenho isso e vou mostrar minha declaração de imposto de renda”, disse Malafaia.
Questionado sobre as questões abrangidas pelo projeto apelidado de “cura gay”, Silas Malafaia voltou a defender o argumento de que não se sugere uma reorientação forçada, mas a intenção é oferecer a oportunidade de que os interessados possam ser atendidos.
“Não se fala em cura gay, fala-se em reorientação e só pode se a pessoa quiser. Ninguém nasce gay, não é doença. É algo aprendido ou imposto. Quarenta e seis por cento dos homossexuais passaram a ser depois que foram violados”, frisou o pastor, que ressaltou que o trabalho que ele desenvolve acontece no campo religioso: “[A reorientação] é na igreja, não é como psicólogo, é como pastor. Aconselhamos, usamos elementos espirituais, oramos. São outros critérios. O Conselho com esse negócio de psicólogo não poder tratar gay só está fazendo com que os gays vão todos à igreja”, afirmou.
Silas Malafaia ainda rebateu os argumentos contrários ao projeto e à proposta como um todo, dizendo que não haverá prejuízos aos pacientes interessados caso a terapia seja aprovada: “Isso de não ser confortável ou de ter a situação piorada por nossa causa é conversa fiada de ativista gay. Isso são eles que estão dizendo. Se um homossexual pedir ajuda é um problema entre o homossexual e o terapeuta. Um terapeuta ouve a queixa do paciente e o ajuda”, enfatizou.
O pastor Silas Malafaia voltou a dizer que a homossexualidade “é um comportamento”, e que por isso pode ser tratada: “Repito: ninguém nasce gay, não tem gene gay, hormônio gay. Essa do ativismo gay de querer se comparar com raça é piada. Raça ninguém escolhe. Ser gay é preferência, aprendida ou imposta. Não existe prova científica que alguém nasce homossexual”.
Malafaia falou ainda sobre o aborto e a eutanásia, e afirmou que os temas são trazidos à discussão por pessoas interessadas em promoção ideológica: “Existe no mundo ocidental uma mudança de paradigma. Querem substituir o modelo cristão-judaico pelo modelo ateísta humanista. E a esquerda ideológica quer desconstruir a heteronormatividade [...] A verdade é que o aborto é um massacre dos poderosos contra os indefesos [...] A gente não é Deus e quando o homem se mete a Deus, ele só faz bobagem”.
Fonte: Gospel mais

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