Sindicância médica deve investigar mortes em UTI de hospital em Curitiba
As medidas foram tomadas após a Polícia Civil prender uma médica na manhã desta terça em uma operação realizada para investigar mortes ocorridas na UTI do segundo maior hospital da cidade. A investigação é sobre a prática de eutanásia, que é a indução à morte com consentimento do paciente.
As investigações da sindicância, que deve ocorrer paralelamente à investigação policial, devem ser conduzidas pelo auditor do Ministério da Saúde Mário Lobato da Costa. Uma junta administrativa composta pela Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Regional de Medicina e Sociedade Evangélica Beneficente deve ainda indicar um médico para acompanhar os futuros serviços realizados no Hospital.
Investigação criminal
Em nota, o Hospital Evangélico afirmou que não possui conhecimento adequado dos fatos em virtude de o inquérito ser sigiloso, mas que instalou uma sindicância interna para apurar os fatos denunciados. A nota diz ainda que o Hospital reconhece a competência profissional da médica presa, e que desconhece qualquer ato dela que tenha ferido a ética médica.
A ação realizada na manhã desta terça apreendeu documentos sobre o estado de saúde de pacientes e 30 funcionários do Hospital Evangélico começaram a ser ouvidos pela polícia na tarde desta terça. O caso corre em sigilo de Justiça para preservar o andamento do processo, portanto não foram divulgados detalhes apurados até a publicação desta reportagem.
O Ministério Público do Paraná divulgou nota na qual confirmou o cumprimento de mandados de busca e apreensão de prontuários médicos e outros documentos relativos a internações e mortes de pacientes, bem como o mandado de prisão temporária da médica. Ainda na nota, o MP informou que acompanha as investigações criminais e os procedimentos necessários para garantir a continuidade da assistência dos usuários do SUS no Evangélico.
Fonte: G1
Comentários
Postar um comentário