“Chorão sabia que precisava de Deus”, diz Rodolfo Abrantes
Alexandre Magno Abrão, 42, mais conhecido como Chorão, o vocalista da banda Charlie Brown Jr foi encontrado morto na quarta-feira (6). A suspeita maior é que a causa da morte foi abuso de drogas.
Rodolfo Abrantes, ex-vocalista dos Raimundos, e hoje missionário e músico evangélico conta que eles eram a amigos e conta que o evangelizou em 2003. Eles estavam em um show em Belo Horizonte, com Charlie Brown e Rodox, antiga banda de Rodolfo. “No camarim ele chegou para mim, puxou numa cadeira, distante de outras pessoas, e falou: “Conta como foi a parada”. É interessante, porque ontem mesmo eu recebi uma foto dessa conversa. Eu contei como foi a minha experiência com Deus. Achava fantástico isso no Chorão: ele estava ouvindo, absorvendo, não me julgou. Dava pra ver que percebeu a diferença na minha vida e queria saber o que estava acontecendo”, lembra.
Curiosamente, em doze músicas compostas por ele para o Charlie Brown Jr, Deus é citado diretamente. O músico morto costumava dizer que gostava de “trocar uma ideia com Deus”, como lembra a faixa bônus do disco “Preço curto, prazo longo”, de 1999. Em “O Lado Certo da Vida Errada”, decretou “Sou cantor, eu sou bondade, eu sou guerreiro, eu sou o irmão /O dom que Deus me deu eu dedico a vocês”.
Rodolfo conta que Alexandre “não tinha nenhuma rejeição à coisa de Deus. Só não se sentia confortável com religião… Existia uma sede dele de algo mais, existia uma consciência de que o que ele precisava era Deus”. E ele vai além, acredita que Chorão poderia ter sido muito usado para evangelizar “Deus deu dons para as pessoas. Ele tinha o dom da palavra. O que o Chorão falava a galera seguia. As pessoas estavam muito perto dele. Todo mundo vibrava, as músicas eram cantadas em coro. Se tivesse experiências com Deus ele levaria muita gente para Cristo”.
O músico morto teve oportunidades de ouvir sobre Jesus de outras pessoas. Renato “Pelado”, que foi baterista do Charlie Brown e hoje também é músico evangélico, era muito amigo de Chorão. Pelado hoje é membro na Bola de Neve, ex-igreja de Rodolfo.
Perguntado por que não foi ao velório, Rodolfo conta que está em uma cruzada evangelística em João Pessoa. A última vez que se viram pessoalmente foi em 2007 e que não há mais nada a fazer. “Eu gostaria de olhar nos olhos do Chorão e falar alguma coisa que tocasse o coração dele. Infelizmente eu não posso mais”, lamenta.
Rodolfo deixa um recado final: “Os fãs do Charlie Brown têm uma maneira muito sadia e muito nobre de honrarem a história do Chorão: fazendo escolhas que os levem para perto de Deus, para a parte da luz. As pessoas podem honrar a morte dele, em memórias, se fizerem escolhas boas, que edifiquem. E vivam”.
Fonte: Gospel Prime
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