Reinaldo Azevedo diz 'Cura gay é jeito burraldo de pensar' e defende projeto de deputado evangélico
Reinaldo Azevedo, colunista da Veja, publicou artigo na manhã desta quinta-feira no qual critica a imprensa que tem afirmado que o projeto em pauta da Comissão de Direitos Humanos e Minorias propõe a “cura gay”.
- Facebook/Reinaldo Azevedo
Segundo o colunista, os veículos de comunicação não se preocupam em ler os projetos votados na Câmara e se baseiam exclusivamente no que militantes afirmam. Para ele, se basear no sindicalismo gay é “um jeito burraldo de pensar”.
Azevedo esclarece que o Projeto de Decreto Legislativo 234/11, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO) que será votado na próxima semana, susta uma parte do artigo 3º e todo o artigo 4º da Resolução 1/99 do Conselho Federal de Psicologia (CFP).
Os artigos versam: “Art. 3° - os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados. Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades. Art. 4° - Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica”.
O projeto tem a intenção de devolver a autonomia do profissional, sob a seguinte justificativa: “O Conselho Federal de Psicologia, ao restringir o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional, por intermédio do questionado ato normativo, extrapolou o seu poder regulamentar”.
O colunista defende que anular as partes propostas dos artigos da resolução “não passa a tratar a homossexualidade como uma doença”. E brada: “É mentira! Também não autoriza a ‘cura gay’. É outra mentira! São distorções absurdas”.
Reinaldo Azevedo afirma no artigo que não concorda com a cura gay, pois, segundo ele, não considera, assim como a Organização Mundial da Saúde e o Conselho Federal de Psicologia, a homossexualidade uma doença, mas defende que a proposta deve ser aprovada.
Ele lembra que a Resolução 1/99 do CFP não pode e nem deve tratar a homossexualidade como uma doença e o projeto não tem essa intenção, mas defende que o parágrafo único do artigo 3º e o artigo 4º devem ser anulados, pois são “estupidamente subjetivos que se torna possível enquadrar um profissional – e puní-lo – com base no simples achismo”.
“Parece-me uma suma arrogância que um conselho profissional interfira nessa medida na atividade clínica dos profissionais e, atenção!, dos pacientes também!”, defende Azevedo.
O problema, segundo o colunista, é a falta de leitura e o erro de interpretação da parte dos meios de comunicação. “É preciso saber ler”, afirma.
“Acho que ela [a proposta] derruba o que há de obviamente autoritário e, entendo, inconstitucional na resolução porque decidiu invadir também o território da liberdade de expressão, garantido pelo Artigo V da Constituição”, assegura Azevedo.
O colunista finaliza seu artigo criticando os jornalistas que se pautam nas agendas militantes – seja dos gays, seja dos heterossexuais – e usa isso para impor para o público quem são os “bons” e quem são os “maus”.
Fonte: christianpost
Comentários
Postar um comentário