Ataque a jornal que satirizou o islã deixa 12 mortos
O jornal satírico francês Charlie Hebdo já se envolveu em polêmicas antes por ter publicado material satirizando o Islã. Em 2011, sua antiga sede pegou fogo após um coquetel Molotov ter sido lançado por um muçulmano fundamentalista. Na ocasião, o jornal tinha publicado uma charge com o profeta Maomé e fez um trocadilho com a lei religiosa, mudando o nome do jornal para “Charia Hebdo”.
Hoje, ao invés de ameaças de extremistas, o protesto sangrento foi feito por dois homens mascarados e armados com metralhadoras. Eles entraram atirando na sede do jornal, em Paris. A polícia divulgou que doze pessoas foram mortas e outras quatro estão gravemente feridas. Enquanto fugiam do local, os assassinos roubaram dois carros, tendo atropelado um pedestre.
Dez jornalistas e desenhistas foram mortos na redação e mais dois policiais na troca de tiros com os terroristas. Testemunhas relatam que um deles gritava “Vingamos o profeta! Matamos Charlie Hebdo!”. O site Antagonista lembra que o desenhista Stéphane Charbonnie teve sua cabeça colocada a prêmio em 2013 pela Al Qaeda. Ele assinava as caricaturas de Maomé.
Já surgiram na internet vídeos feitos por celulares de pessoas que estavam na região mostrando os dois mascarados gritando “Alá é grande”, em árabe. Há temores que outros locais possam ser atacados por extremistas.
O presidente François Hollande visitou o local e declarou que a sede do jornal vinha recebendo muitas ameaças nos últimos dias, e que a polícia havia reforçado a vigilância no local. Na verdade, o governo francês acreditava na possibilidade de um ataque terrorista em Paris durante o Natal e o Réveillon.
Até o momento os homens não foram identificados. A principal suspeita é que sejam ligados ao grupo terrorista Estado Islâmico, que tem feito apelos para que seus simpatizantes realizem atentados nos países que apoiam os ataques da ONU contra eles na Síria e Iraque.
Vídeo amador do ataque ao Charlie Hebdo:
Fonte; Gospel Prime
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