Na posse, Dilma fez afirmações contraditórias sobre política e economia
Em sua posse nesta quinta-feira (01) a presidente Dilma Rouseff lançou mão de um discurso cheio de contradições. Ela tentou suavizar a necessidade de ajustes e sinalizou que a economia vai bem. Quando abordou o tema corrupção, colocou a Petrobras como vítima de um esquema criminoso.
Confira algumas frases que ficaram mal explicadas:
Petrolão – “Temos muitos motivos para preservar e defender a Petrobras de predadores internos e de seus inimigos externos. Por isso, vamos apurar com rigor tudo de errado que foi feito e fortalecê-la cada vez mais. Vamos, principalmente, criar mecanismos que evitem que fatos como estes possam voltar a ocorrer“.
O que ficou mal explicado: Os predadores presos pela Polícia Federal foram nomeados para os cargos por indicações de partidos e políticos aliados do seu governo, especialmente PP, PMDB e PT.
Educação – “Gostaria de anunciar agora o novo lema do meu governo. Ele é simples, é direto e é mobilizador. Reflete com clareza qual será a nossa grande prioridade e sinaliza para qual setor deve convergir o esforço de todas as áreas do governo. Nosso lema será: Brasil, pátria educadora!”
O que ficou mal explicado: A presidente escolhe como área prioritária um ministério que tirou do controle do seu partido para usar como moeda de troca eleitoral ao ex-governador do Ceará Cid Gomes, do Pros.
Olimpíadas – “Em 2016, os olhos do mundo estarão mais uma vez voltados para o Brasil, com a realização das Olimpíadas. Temos certeza que mais uma vez, como aconteceu na Copa, vamos mostrar a capacidade de organização do Brasil”.
O que ficou mal explicado: Se a organização dos Jogos é tão importante por que ela entregou o Ministério do Esporte ao PRB, especificamente a um ex-deputado flagrado com malas de dinheiro em um aeroporto?
Programa de Aceleração do Crescimento – “Vamos lançar o 3º PAC, o 3º Programa de Aceleração do Crescimento e o segundo Programa de Investimento em Logística. Assim, a partir de 2015 iniciaremos a implantação de uma nova carteira de investimento em logística, energia, infraestrutura social e urbana, combinando investimento público e, sobretudo, parcerias privadas”.
O que ficou mal explicado: Até hoje, obras das duas edições do PAC não foram concluídas – algumas sequer saíram do papel.
Reforma Política – “Uma reforma profunda que é responsabilidade constitucional desta Casa, mas que deve mobilizar toda a sociedade na busca de novos métodos e novos caminhos para nossa vida democrática. Reforma política que estimule o povo brasileiro a retomar seu gosto e sua admiração pela política”.
O que ficou mal explicado: a reforma política é uma velha pretensão do PT, que vê no avanço do projeto uma janela para tentar aprovar o financiamento público de campanha – que, na prática, beneficiaria o partido com a maior fatia de recursos do fundo partidário, ou seja, ele próprio.
Inflação – Em todos os anos do meu primeiro mandato, a inflação permaneceu abaixo do teto da meta e assim vai continuar.
O que ficou mal explicado: a inflação está acima do teto da meta de 6,5% em 2014 há quatro meses consecutivos
Dívida líquida X dívida pública - A dívida líquida do setor público é hoje menor do que no início do meu mandato.
O que ficou mal explicado: a realidade, segundo dados divulgados pelo Ministério da Fazenda na terça-feira, é que, em 2014, a dívida subiu pela primeira vez em cinco anos. Já a dívida bruta, indicador mais recomendado para medir a saúde fiscal de um país, está acima de 65,8% do Produto Interno Bruto (PIB), nível acima do que foi deixado pela administração de Lula.
Investimento estrangeiro – Os investimentos estrangeiros diretos atingiram, nos últimos quatro anos, volumes recordes.
O que ficou mal explicado: O investimento estrangeiro direto permanece estagnado no Brasil há quatro anos e as projeções são de que encerre 2014 num patamar abaixo do registrado em 2011.
Direitos trabalhistas – Reafirmo meu profundo compromisso com a manutenção de todos os direitos trabalhistas e previdenciários.
O que ficou mal explicado: antes de tomar posse, a presidente autorizou mudanças nos benefícios previdenciários, restringindo o acesso ao seguro-desemprego e à pensão por morte.
Pobreza – Em meu primeiro mandato, o Brasil alcançou um feito histórico: superamos a extrema pobreza.
O que ficou mal explicado: dados da Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar (Pnad), feita pelo IBGE, mostram que, em 2013, a miséria aumentou pela primeira vez em dez anos. O número de brasileiros abaixo da linha da pobreza aumentou em 3,68% no ano passado.
Fonte: Verdade Gospel
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