Ofensiva de Israel contra Gaza deve terminar nesta terça, diz Egito


O presidente do Egito, Mohammed Morsi, disse esperar que a "agressão" contra a Faixa de Gaza cesse nesta terça-feira, anunciou a agência oficial egípcia Mena. Ele, porém, não ofereceu qualquer prova para apoiar sua declaração, apenas afirmando que os esforços de mediação do país produzirão "resultados positivos" nas próximas horas. O Egito tem tentado alcançar uma trégua no conflito de sete dias, que deixou  mais de cem palestinos e três israelenses mortos.
Após o anúncio de Morsi, um oficial do Hamas disse à rede de TV CNN que um "período de calma" será anunciado às 21h locais (17h em Brasília). O "período de calma" pode parar a violência, mas não é o mesmo que um cessar-fogo, com o qual Israel ainda não concordou. "Uma das reivindicações israelenses é de que haja um período de 24 horas de calma total antes que possa se comprometer com qualquer acordo", disse uma fonte em Jerusalém. Osama Hamdan, porta-voz do Hamas em Beirute (Líbano), disse que a questão agora "está nas mãos dos israelenses".
As declarações foram feitas depois de Israel ter adiado planos para uma operação terrestre no território palestino, controlado pelo grupo islâmico Hamas desde 2007, com o objetivo de dar mais tempo às negociações de cessar-fogo que são mantidas no Cairo.
"Tomamos a decisão de suspender provisoriamente qualquer projeto de ofensiva terrestre para dar todas as oportunidades de êxito aos esforços diplomáticos", disse uma fonte israelense após a reunião da noite de segunda-feira do gabinete de segurança restrito do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Havia informações de que Israel esperaria até quinta-feira por um acordo. Apesar dos anúncios feitos pelo Egito e Hamas e de anunciar a suspensão temporária dos ataques aéreos, aviões israelenses despejaram folhetos sobre partes de Gaza no início do dia, conclamando a população a deixar suas casas e se dirigir para o centro da Cidade de Gaza - estimulando temores de que uma invasão por terra era iminente.
Em uma coletiva conjunta com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon , o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que, se uma solução de longo prazo puder entrar em vigor por meios diplomáticos, "então Israel seria um parceiro de tal solução". "Mas se uma ação militar mais forte provar ser necessária para parar os lançamentos de foguetes palestinos, Israel não hesitará em fazer o que for necessário para defendeu seu povo", advertiu.
A violência se intensificou no dia 14, após a morte do comandante militar do Hamas, Ahmed Jabari , em um ataque aéreo israelense. Israel afirma que a morte de Jabari e o bombardeio a Gaza são respostas aos disparos de foguetes por militantes palestinos contra seu território.
Nesta terça-feira, o nível de violência diminuiu, apesar de Israel ter conduzido alguns ataques e de foguetes terem sido lançados contra Israel, principalmente tendo como alvo o sul do país. Dois  alcançaram uma área aberta perto de Jerusalém, não causando vítimas ou danos.
Os sinais de trégua foram dados no mesmo dia em que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu enviar a secretária de Estado Hillary Clinton , que estava com ele em Phnom Penh (Camboja), a Israel, Egito e Ramallah, em uma iniciativa para tentar conter a escalada da crise.
A viagem de Hillary marca o envolvimento mais forte de Obama no conflito. Apesar de os EUA terem apoiado o direito de defesa de Israel, o governo Obama alertou seu aliado contra engajar-se em uma invasão terrestre que aumentaria ainda mais a violência.
Na segunda-feira, o número de mortos no conflito passou de cem. Até esta terça, fontes de saúde de Gaza disseram que o total de mortos entre os palestinos é de 128, incluindo ao menos 54 civis. Cerca de 840 ficaram feridos, incluindo 225 crianças. Do lado de Israel, três israelenses foram mortos por um foguete na quinta-feira.

Fonte: IG

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