Perícia conclui que arma usada para matar invasor no RS não era de idosa

Pela segunda vez, uma perícia é contrária à versão da aposentada Odete Hoffmann, de 88 anos, que afirma ter matado um homem de 33 anos que entrou em seu apartamento em junho do ano passado, em Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul. Segundo um documento do Instituto-geral de Perícias o resultado do teste balístico no revólver Smith & Wesson, calibre 32, supostamente usado pela idosa, não foi a mesma arma que matou o suspeito.
Conforme a perícia, o projétil retirado do corpo do homem que invadiu o apartamento não teria sido disparado pelo revólver apreendido pela Brigada Militar e encaminhado à Polícia Civil, logo após o assassinato. Para elucidar esse ponto da investigação, a perícia sugeriu à polícia que solicitasse exumação do corpo do homem. O Ministério Público ainda não se manifestou sobre o pedido.
Em outubro de 2012, a investigação havia recebido o teste residuográfico. A análise procura por vestígios de chumbo, bário e antimônio. Os dois metais e o semimetal podem ser encontrados na pele que quem atira com uma arma de fogo. O teste realizado em Odete foi negativo.
Segundo a versão da idosa, na noite do crime ela dormia quando foi surpreendida por um homem dentro de seu apartamento, recolhendo objetos. Odete disse ter ido até o armário do quarto, apanhado um revólver guardado ali há 30 anos, e atirado contra o invasor. O delegado Joigler Paduano afirmou que só se manifesta após o final das investigações.
Reconstituição em abril
Odete participou da reconstituição do crime no interior do seu apartamento, em abril deste ano. Durante cerca de 50 minutos, a aposentada explicou aos policiais como matou o assaltante, de 33 anos, no dia 9 de junho. Ela disse que viu o invasor depois de acordar, foi até o armário pegar o revólver e deu três tiros. Ao sair do local, declarou aos jornalistas que "ficou triste" ao relembrar do fato .
A dúvida se era ela a autora do homicídio surgiu quando o resultado do laudo feito pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), divulgado em outubro de 2012, não apontou resquícios de pólvora ou outro metal na mão da aposentada, o que seria esperado em razão do tipo de arma utilizada. Tanto a idosa quanto a família, no entanto, continuaram sustentando a versão inicial.
A atitude da idosa ganhou repercussão nacional. Em entrevista ao Fantástico, Odete contou como teria feito os disparos. "Não me arrependi, mas não queria ter feito", disse a idosa. A mulher disse que pensou ser o neto em seu quarto. "Eu estava só observando, falando com ele carinhosamente, pensando que era o meu neto. Ele não me dava confiança. Quando saiu de costas eu percebi que não era meu neto. Levantei sem aparelho, sem óculos, sem muleta, sem nada. Eu entrei no quarto e olhei o lugar da arma, estava tudo intacto. Fui à procura dele (do assaltante). Quando ele levantou os braços eu vi que ele ia saltar em mim. Foi o momento em que eu dei o primeiro tiro", relatou.
Fonte: G1

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