Possível ataque aliado à Síria provoca impasse diplomático na ONU
Os EUA e as potências europeias pressionam a Rússia e a China, aliadas de Assad, a aprovar um projeto de resolução que abre caminho para um ataque ao regime Assad, acusado de usar indiscriminadamente armas químicas contra rebeldes e civis.
Já Rússia e Irã, principal aliado regional de Assad, pedem cautela e querem esperar o relatório que está sendo preparado, no local dos supostos ataques, por uma equipe de inspetores da ONU.
Mas há uma expectativa de que EUA e seus aliados ocidentais e locais lancem um ataque às forças sírias mesmo sem o aval do conselho.
Diplomatas ocidentais disseram que a proposta britânica de resolução foi uma manobra para "isolar" Moscou e formar uma coalizão que apoie os bombardeios.
Os líderes da Alemanha e do Reino Unido reiteraram que o governo da Síria não deve ficar impune por um aparente ataque com gás venenoso contra o seu próprio povo, afirmou o governo alemão.
A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e o premiê britânico, David Cameron, concordaram em conversa por telefone que o uso de gás venenoso no ataque da semana passada perto de Damasco estava suficientemente comprovado, disse o governo alemão em comunicado.
"O regime sírio não deve esperar ser capaz de continuar esta guerra que viola o direito internacional ... Portanto, uma reação internacional é inevitável, na opinião da primeira-ministra e do premiê", afirmou.
A quatro semanas da eleição em que Merkel espera conquistar um terceiro mandato, ela enfrenta um dilema sobre como responder a imagens da suspeita de ataque com armas químicas, já que os eleitores alemães são esmagadoramente contra uma ação militar naquele país.
Os líderes da Alemanha e do Reino Unido disseram acreditar que o governo da Síria não deve ficar impune pelo aparente ataque com gás venenoso contra o seu próprio povo.
A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e o premiê britânico, David Cameron, concordaram em conversa por telefone que o uso de gás venenoso no ataque da semana passada perto de Damasco estava suficientemente comprovado, disse o governo alemão em comunicado.
"O regime sírio não deve esperar ser capaz de continuar esta guerra que viola o direito internacional ... Portanto, uma reação internacional é inevitável, na opinião da primeira-ministra e do premiê", afirmou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente do Irã, Hassan Rohani, concordaram que o uso de armas químicas é inaceitável e sinalizaram sua oposição compartilhada a uma intervenção militar na guerra da Síria, informou o Kremlin depois que os líderes conversaram por telefone.
"Os dois lados consideram o uso de armas químicas por qualquer um intolerável", disse o serviço de imprensa de Putin em um comunicado sobre a conversa desta quarta-feira (28), iniciada pelo Irã.
"Levando em conta os apelos que estão sendo feitos por uma intervenção militar externa no conflito sírio, eles também destacaram a necessidade de buscar um caminho para uma resolução através de meios exclusivamente políticos e diplomáticos", acrescentou.
Os EUA criticaram o fato de a Rússia e a China, outra aliada do regime sírio, barrarem resoluções contra o governo de Bashar al-Assad no âmbito do Conselho de Segurança da ONU.
Washington diz repetidamente que o presidente Barack Obama ainda não tomou uma decisão sobre como agir. Uma fonte graduada dos EUA disse que o ataque pode durar vários dias e envolver as forças de outros países.
Possivelmente, os Exércitos ocidentais aguardariam a saída dos inspetores da ONU. Seu mandato inicial, de duas semanas, termina dentro de quatro dias.
Uma segunda fonte oficial dos EUA disse que os objetivos ainda estão sendo definidos, mas que os alvos podem ser escolhidos para evitar que Assad use armas químicas no futuro. Washington, disse essa fonte, está confiante de que poderá lidar com as defesas sírias e com possíveis represálias de seus aliados, incluindo o Irã e a milícia xiita libanesa Hezbollah.
A população de Damasco estocava suprimentos na quarta-feira e algumas pessoas deixaram imóveis perto de potenciais alvos, enquanto autoridades dos Estados Unidos traçam planos para bombardeios aéreos multinacionais contra a Síria.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu unidade entre as potências mundiais e buscou ganhar tempo para que os inspetores concluam seu trabalho.
O governo sírio, apoiado principalmente pela Rússia, disse que "terroristas" rebeldes, com ajuda ocidental, espalharam toxinas em áreas sob controle da oposição, e alertou que o país será um "cemitério de invasores".
Autoridades sírias dizem também que o Ocidente está sendo manipulado em benefício de seus inimigos da rede terrorista da Al-Qaeda.
A presença de militantes islâmicos entre os rebeldes impediu que potências ocidentais armassem os inimigos de Assad, mas o Ocidente diz que o uso de gás venenoso é razão suficiente para uma intervenção.
Fonte: G1
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