União Europeia rejeita aborto como parte dos Direitos Humanos

Imagem:Divulgação
A União Europeia vinha discutindo uma resolução que teria declarado o aborto como um “direito humano”, o que faria todos os países membros legalizarem a prática.

O Parlamento Europeu decidiu nesta terça-feira (22) rejeitar a proposta conhecida como “Relatório Estrela de Saúde Sexual Reprodutiva e Direitos”. O assunto passará pela Comissão da Igualdade e dos Direitos da Mulher, para um estudo mais aprofundado.
O assunto gerou muito debate este ano entre lobistas de grupos cristãos e organizações “pró-vida”. Foram 351 votos de parlamentares a favor e 319 contrários, além de 18 abstenções.
Anthony Ozimic, da Sociedade Para Proteção das Crianças Não Nascidas, conta que foi feita uma grande pressão e apresentada pesquisas mostrando “que o lobby pró-aborto não tem tanta força, mesmo na cultura de morte que é tão forte hoje na Europa”.
Sophia Kuby, chefe da ONG Monitor da Dignidade Europeia disse após a votação: “A devolução à comissão dará tempo para investigar os inúmeros pontos problemáticos deste relatório, especialmente o fato de que foi orquestrado pela organização International Planned Parenthood”.
Nos EUA, a Planned Parenthood vive um conflito constantemente com grupos cristãos conservadores. O nome do relatório é por causa de sua autora, a deputada socialista Edite Estrela, de Portugal. Ela é uma espécie de Marta Suplicy europeia, e sua ideia era o reconhecimento do aborto como direito e recomendava a prestação de serviços de aborto de “alta qualidade” por todos os sistemas nacionais dos membros da União Europeia.
Ela também defendia a reeducação dos profissionais de saúde quanto ao assunto, o acesso à reprodução artificial por mulheres solteiras e lésbicas e uma educação sexual das crianças compulsória e “livre de tabus”, que ensinasse uma imagem “positiva” dos homossexuais e transexuais.
Opositores do relatório apontaram constantemente que não há um consenso internacional sobre a alegação de que o aborto seja um “direito humano”. Segundo a Federação Europeia das Associações Católicas Familiares, o programa de educação sexual também defendia a inclusão do ensino nas escolas sobre “masturbação na primeira infância”, para crianças de 0 a 4 anos. Segundo a Federação, as famílias cristãs estavam profundamente chocadas.
Roberta Metsola, uma deputada que representa Malta afirmo que o relatório “não foi o primeiro do tipo”, e outros similares devem surgir dentro de pouco tempo.
Fonte:  Verdade Gospel.

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