Jean Wyllys acusa cristãos de não se importarem com abusos sexuais cometidos em igrejas
O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) voltou a causar polêmica ao afirmar que os cristãos não se importam com os abusos sexuais que acontecem na comunidade. A declaração foi feita durante uma sessão da Comissão Especial que discute o Plano Nacional de Educação (PNE).
“Na comunidade cristã existem os fundamentalistas – não são todos os cristãos que são fundamentalistas – mas a expressão aqui nesta Casa, neste momento, é dos fundamentalismos cristãos. Então eu acho curioso que o fundamentalismo cristão queira influenciar retirando a identidade de gênero do texto do PNE, mas esteja muito pouco preocupado, por exemplo, com a prática de abusos sexuais no seio da igreja. A gente lê todos os dias notícias de abuso sexual praticado por líderes religiosos. As pessoas não estão preocupadas com isso, e isso é violência de gênero”, discursou Wyllys.
No meio de seu discurso, Wyllys foi vaiado e ouviu um “cala a boca” de alguma parlamentar que estava presente na sessão, mas não pôde ser identificada.
A proposta de inclusão do ensino da ideologia de gênero é uma bandeira dos partidos de esquerda, como o PT, que atualmente ocupa o poder. Ela se baseia no princípio de que para haver igualdade, não deve haver distinção entre homem e mulher, assim como as já estabelecidas igualdades racial e social.
Os cristãos evangélicos e católicos do país se posicionam contra o projeto porque entendem que, uma vez aprovado, o PNE tornará a educação sexual obrigatória nas escolas, “sem direito a objeções de consciência por parte dos pais, conforme já faz parte das orientações internacionais da ONU a este respeito”, diz Alberto Monteiro, um dos ativistas contrários ao projeto.
“O sistema educacional brasileiro será transformado em uma máquina armada para a demolição e a destruição da família natural”, acrescenta Monteiro, demonstrando preocupação com um dos principais pilares dos princípios cristãos.
Na sessão da Comissão Especial sobre o PNE, houve tumulto e reclamações dos ativistas que estiveram presentes quanto ao teor do discurso de Wyllys, que retrucou: “Essas pessoas levantaram faixas aqui ofensivas à dignidade humana de diversos grupos deste país. Eu li todas as estupidezes escritas nessas faixas, e não falei nada contra elas. Eu espero que as pessoas respeitem o meu direito de fazer a minha avaliação do relatório, e nela, eu digo que num Estado laico democrático de direito, numa República federativa, dogmas religiosos não devem influenciar políticas públicas, e que fundamentalismos estão preocupados em proibir e vetar uma legislação que vai trazer cidadania a todos, mas não estão preocupados com abusos sexuais no seio de suas próprias comunidades”, insistiu Wyllys, demonstrando bastante irritação.
Fonte: Gospel +
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