Jihad: Conflito em Israel é apenas parte de plano internacional
O Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, ensina sobre a jihad (guerra santa). Embora haja uma série de divergências dentro do próprio Islamismo, a Surata 9-29 diz claramente: “Combatei aqueles que não creem em Alá e no Dia do Juízo Final, nem abstêm do que Alá e seu mensageiro proibiram, e nem professam a verdadeira religião daqueles que receberam o Livro, até que, submissos, paguem o Jizya”.
Esse combate aos que “não creem em Alá” muitas vezes é a justificativa para a morte de judeus e cristãos. Desde os ataques de 11 de setembro de 2001, o mundo passou a olhar de maneira diferente para os ataques feitos por muçulmanos em nome da religião. Existem sites especializados, como o Jihad Watch (versão em português) que mantém um registro mensal com a contabilidade do número de pessoas mortas e feridas.
O site Religion of Peace apresenta um relatório minucioso de todos esses ataques. Somente nos últimos 3 meses foram mais de 6 mil mortos e mais 6 mil gravemente feridos.
Quem assiste aos noticiários e lê os jornais regularmente talvez tenha dificuldade em entender como atentados na África, no Oriente Médio e no sul da Ásia possam estar ligados. Todo o espaço dado pela mídia ao conflito entre Israel e as tropas do Hamas em Gaza é só uma parte deste plano internacional que se desenrola todos os dias.
No momento existem, por exemplo, 11 grupos que reivindicam a criação de estados teocráticos islâmicos, em nome da retomada de um califado universal. Alguns sequer são conhecidos pelo grande público. Outros como o Estado Islâmico (ex-ISIS) vem ganhando força a cada dia.
Existe uma crescente preocupação de várias nações europeias com a expansão do jihadismo no Norte da África, onde a “explosão de violência” tem gerado um abalo na situação geopolítica.
O mapa abaixo, que foi elaborado pelo jornal espanhol LaVanguardia mostra um aumento no número de células jihadistas em países do Magreb. A área em vermelho destaca as regiões sob influência dos grandes grupos jihadistas, que se estende do Atlântico ao Índico e visam impor uma visão fundamentalista do Islã no mundo.
Os círculos representam o número de pessoas mortas em conflitos nacionais principalmente por grupos paramilitares que desejam dividir as nações ou tomar o controle político. Nesses casos, defendem a imposição da sharia (lei religiosa muçulmana) acima das leis do país.
Existem 11 grupos que operam em todas estas áreas, visando a criação de estados teocráticos islâmicos para a criação de um califado universal. Suas marcas são o sequestro, o tráfico de armas e o de seres humanos. Alguns são facções pequenas, mas a maioria está ligada de uma forma ou de outra à Al Qaeda, que mesmo após a morte de Osama Bin Laden ainda controla boa parte das ações terroristas no mundo.
As constantes mudanças em países como o Egito mostram como esse movimento é dinâmico, por vezes alternando períodos de paz e democracia com épocas onde o conflito armado é o caminho mais comum. O grupo Ansar Al Sharia atua na área que compreende a fronteira norte entre a Argélia e a Tunísia, e no nordeste da Líbia.
Na África central, especialmente na Nigéria, o Boko Haram, opera desde 2002, sem distinguir entre alvos civis e militares. Suas ações terroristas já deixaram mais de 12.000 mortos e 8.000 feridos, a grande maioria cristãos. Recentemente chamaram a atenção do mundo por terem capturados centenas de meninas que frequentavam uma escola e as venderam. Na África Oriental, ocupando parte da Somália e uma pequena porção do Quênia, atua o Al Shabab, grupo extremista cuja ação tem recebido maior repercussão depois do ataque a um shopping center.
Um dos grupos que atua mais fortemente no Oriente Médio é o Estado Islâmico (antigo ISIS), que se aproveitou da instabilidade na Síria e da retirada de tropas americanas do Iraque para espalhar terror, com requintes de crueldade que incluem decapitações e crucificações.
Após escolherem seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, como o novo califa que irá unir todos os países que já pertenceram ao Império Otomano, anunciaram a expansão de sua atuação para Jordânia, Israel, Palestina, Líbano, Kuwait, Turquia e Chipre, e ameaçaram Espanha e Itália.
Na porção sul da Península Arábica opera a Al Qaeda original, cujo atual líder é Nasir al Wuhaishi. Dali controla também o conhecido Talibã, que opera no Afeganistão e no vizinho Paquistão.
Indo para Ásia vê-se a ação da Yamaa Islamiya e do Abu Sayyaf, especialmente nas Filipinas e na Malásia.
Fonte: Gospel Prime
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