Palestinos perdem a confiança no Hamas pela situação na região
Os ataques na Faixa de Gaza deixaram mais 2 mil mortos entre os palestinos além de destruir bairros e atrapalhar a vida de milhares de pessoas que sofrem pela escassez de água e energia elétrica.
Por mais que sejam contra Israel, os palestinos estão começando a criticar o Hamas e outros militantes acusando-os da situação precária deixada pela guerra. O jornal O Globo divulgou o depoimento de Ziad Abu Halool, um funcionário do governo que pede pelo fim dos ataques do Hamas contra Israel.
“Todas as facções palestinas deveriam parar de disparar foguetes. Já chega. Estamos sofrendo”, disse ele. Halool afirmou que odeia Israel, mas agora culpa o Hamas pelas tragédias de sua vida.
Outros palestinos começam a criticar o Hamas, mesmo tendo na guerra a única opção para alcançar o fim dos bloqueios econômicos mantidos por Israel e Egito. Acontece que a população está magoada com os resultados negativos que os ataques trouxeram para a região.
Segundo o analista político Mkhaimer Abusaada, da Universidade Al-Azhar, se o Hamas não reconstruir Gaza antes das eleições palestinas, isso poderá resultar de forma negativa no resultado das urnas.
Casas destruídas, falta de energia, de água potável, escolas bombardeadas e mais de 10.190 feridos são a herança deixada pelos ataques que ainda não se findaram. Somado a isso está a economia local paralisada pela falta de abertura internacional, fruto de um acordo entre Israel e Egito que prejudicam a vida dos palestinos.
Com tudo isso o Hamas vai perdendo o apoio dos palestinos, principalmente agora quando o número de mortos passa para 2.016. “Todos sussurram ‘por que o Hamas não aceitou a iniciativa egípcia no início do conflito, quando o número de vítimas ainda era baixo?’”, disse o Hani Habib, analista político e jornalista palestino ouvido pelo jornal O Globo.
“Estamos cansados. Não temos o poder necessário para lutar contra os israelenses. Sentados em seus escritórios em Israel, eles podem destruir toda a Faixa de Gaza por controle remoto”, disse o palestino Rafaat Shamiya, de 40 anos.
Fonte: Gospel Prime
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