Crivella diz que irá ao STF questionar candidatura de Pezão
O Rio de Janeiro reelegeu neste domingo (26) o candidato Luiz Fernando Pezão (PMDB) após disputa marcada por intolerância religiosa contra a opção religiosa do candidato Marcelo Crivella (PRB), que se declara evangélico e membro da Igreja Universal do Reino de Deus.
Com 96% das urnas apuradas, Pezão aparecia matematicamente reeleito com 56,16% dos votos válidos no Estado, contra 43,84% dos votos válidos destinados ao senador Marcelo Crivella. Crivella terminou a disputa pelo governo do Rio com 3.442.618 votos, 44,22% do total, e Pezão, com 4.343.226 ou 55,78%.
Após a apuração dos votos o candidato derrotado ao governo do Rio anunciou que irá recorrer até a Brasília, se preciso, contra o adversário Luiz Fernando Pezão. Crivella lembrou que há 13 processos pedindo a cassação do registro de candidatura de Pezão no primeiro e segundo turnos, sob alegações de abuso de poder econômico e por uso da máquina pública na campanha.
Crivella afirmou que sua equipe jurídica irá acompanhar o julgamento dos casos que ainda correm no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TER-RJ) e prometeu que se o Governador reeleito ganhar na seara regional vai aos órgãos superiores contra a candidatura do adversário.
“Se não for esclarecido aqui (no TRE), vamos recorrer a Brasília. Temos o dever de buscar na justiça, pois isso é uma imposição dos nossos eleitores”, disse o candidato.
Intolerância Religiosa
Crivella também condenou o uso da religião no debate político e responsabilizou Pezão pelo grande destaque dado ao tema religião durante a disputa eleitoral no Estado. O candidato voltou a afirmar que nunca misturou as duas coisas. “Esse debate não condiz com a vida nacional. A gente tem que discutir política e não religião”.
Os eleitores de Crivella acusam o pastor Silas Malafaia pelo tom de intolerância religiosa usada por Pezão durante sua campanha. Pezão passou a atacar a crença do adversário, que é bispo licenciado da Igreja Universal, após críticas do líder assembleiano contra o bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal.
Durante um debate o candidato do PMDB chegou a admitir que sua própria campanha havia criado um site com reportagens contra o “bispo” Crivella, reunindo denúncias contra a Igreja Universal. O episódio foi criticado por Crivella durante a entrevista deste domingo.
“O Pezão fez questão de dizer: ‘eu que estou patrocinando (o site)’. Ou seja, ele disse: ‘sou um criminoso eleitoral’. Deu uma declaração pública do crime que cometeu”, concluiu.
Fonte: Gospel Prime
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