Rivlin condena massacre de Kafr Qasim
Presidente israelense, Reuven Rivlin (foto: EPA)
27 OUTUBRO, 07:57•TEL AVIV•ZBF
O presidente de Israel, Reuven Rivlin, condenou neste domingo (26) o massacre de Kafr Qasim, ocorrido em 1956 e que provocou a morte de quase 50 civis palestinos, entre eles mulheres e crianças. Esta é a primeira vez que uma personalidade política de alto nível de Israel critica o acontecimento e comparece à cerimônia em memória das vítimas. "Um crime grave aconteceu aqui", disse Rivlin, ao visitar a cidade de Kafr Qasim. "Devemos olhar para aqueles fatos: é nosso dever aprender com esses episódios", acrescentou.
O massacre de Kafr Qasim se refere à morte de agricultores que, surpreendidos com um toque de recolher, foram alvos de uma unidade policial da fronteira israelense em 29 de outubro de 1956. Em um discurso em tom comovente, Rivlin afirmou que Israel já admitiu no passado sua responsabilidade pelo "crime" e se "desculpou". "Hoje vim aqui para dividir esta dor com vocês", destacou o líder político.
Polemizando indiretamente com a ala direitista radical israelense, Rivlin disse também que "a minoria árabe é carne da carne de Israel", e que ninguém poderá retirar a "igualdade de direitos" deles. Negociações - Neste domingo (26), também foi anunciada uma data para a retomada das negociações entre israelenses e palestinos na capital egípcia, Cairo. Os diálogos sobre a consolidação de um cessar-fogo serão reinicidados em meados de novembro.
Fonte: Ansa
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