Turcos negam acordo sobre bases aéreas com os EUA

Ataques aéreos em Kobane ajudam militares curdos a reconquistar pontos da cidade (foto: EPA)

Ataques aéreos em Kobane ajudam militares curdos a reconquistar pontos da cidade (foto: EPA)

 Fontes do governo turco negaram nesta segunda-feira (13) que os Estados Unidos irão utilizar as bases aéreas do país para realizar ataques contra o Estado Islâmico (EI, ex-Isis). Ontem (13), a imprensa internacional afirmava que as duas nações haviam fechado um acordo sobre o tema.

Um funcionário da Defesa norte-americana, que preferiu não se identificar, afirmou que a medida incluía a base de Incirlik, na cidade de Adana, que é vital para combater o avanço dos extremistas. Até o momento, os ataques aéreos dos norte-americanos partem de bases do Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Catar. As estruturas turcas, no entanto, são utilizadas para exercícios em terra e mais de 1,5 mil militares dos EUA estão no país.

O governo de Barack Obama está fazendo pressão para que a Turquia se envolva mais na luta contra o EI, que está com um terço da cidade de Kobane - que faz fronteira com os turcos - em suas mãos.

Hoje, os milicianos curdos que defendem a cidade lançaram um contra-ataque contra as forças do EI, reconquistando algumas das posições que os extremistas haviam capturado. Segundo o Observatório Nacional para os Direitos Humanos (Ondus), 13 jihadistas foram mortos na operação.

A TV Al Jazeera afirmou que os terroristas conseguiram obter pleno controle da região de Hit, na província de Al-Anbar, que fica a 150 quilômetros de Bagdá, a capital do Iraque.

EI defende legitimidade de estupros

No quarto número da revista online Dabiq, um dos principais meios de comunicação dos terroristas, o Estado Islâmico chamou de legítimo o estupro de mulheres "infiéis". Segundo a CNN, o grupo escreveu que "deve-se lembrar que tornar escravos as famílias dos 'kuffar' [infiéis] e prender suas mulheres como concubinas é um aspecto fortemente estabilizado na sharia, a lei islâmica".

A ONG "Human Rights Watch", que luta pelos direitos humanos, divulgou um relatório neste domingo (12) afirmando que centenas de mulheres yazidis iraquianas são prisioneiras do EI e, além de estupradas, são obrigadas a se casar com os combatentes dos islâmicos.

Fonte: Ansa
 

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