Dilma promete apuração e punição rigorosas no caso Petrobras

A presidente Dilma Rousseff recebe réplica durante cerimônia de inauguração do navio Dragão do Mar e batismo do navio Henrique Dias no Complexo Portuário de Suape (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma recebe réplica durante cerimônia de inauguração do navio Dragão do Mar e batismo do navio Henrique Dias no Complexo Portuário de Suape; à esq., a presidente da estatal, Garça Foster (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (14) em Pernambuco que está comprometida com a apuração e a punição "com o máximo de rigor" no caso das denúncias que envolvem a Petrobras.
A estatal é alvo de pedidos de instalação de comissão parlamentar de inquérito (CPI) no Congresso Nacional devido à suspeita de compra superfaturada de uma refinaria nos Estados Unidos. Na semana passada, a Polícia Federal recolheu na sede da empresa documentos que ajudarão na investigação de um suposto esquema de lavagem de dinheiro com a participação de um ex-diretor da companhia, preso pela PF.
Como presidenta, mas sobretudo como brasileira, eu defenderei, em quaisquer circunstâncias e com todas as minhas forças, a Petrobras. Não transigirei em combater todo tipo de malfeito, ação criminosa, tráfico de influência, corrupção ou ilícito de qualquer espécie, seja ele cometido por quem quer que seja."
Presidente Dilma Rousseff
"Nós, com determinação, estamos aqui nos comprometendo, a cada dia que passa, que o que tiver que ser apurado, vai ser apurado com o máximo de rigor, que o que tiver que ser punido,  vai ser punido com o máximo de rigor", declarou a presidente durante a cerimônia de batismo do navio Henrique Dias e da viagem inaugural do navio Dragões do  Mar, no porto de Suape, em Ipojuca (PE).
Ela afirmou que não vai transigir em combater "todo tipo de malfeito, ação criminosa, tráfico de influência, corrupção ou ilícito de qualquer espécie, seja ele cometido por quem quer que seja".
A presidente disse ainda que não ouvirá "calada" a "campanha negativa" dos que, "por proveito político", segundo ela, "não hesitam em denegrir a imagem desta empresa".
"Não podemos permitir, é bom dizer isso, como brasileiros que amam e defendem este país, que se utilizem ações individuais e pontuais, mesmo que graves, para tentar diminuir a imagem de nossa maior empresa, nossa empresa mãe, ou para tentar confundir quem de fato trabalha a favor com quem trabalha contra a Petrobras", declarou.
Sem mencionar o governo de Fernando Henrique Cardoso, Dilma criticou os que, segundo ela, prepararam "de forma sorrateira" um processo de privatização da Petrobras – em evento nesta segunda na Bahia, o pré-candidato do PSDB, senador Aécio Neves (MG), falou em "reestatizar" a Petrobras.
"Chegou a fazer parte desse processo até a troca do nome, que seria Petrobrax, sonegando a sílaba que seria a nossa identidade: 'bras', de Brasil", afirmou.
A presidente Dilma Rousseff classificou a Petrobras como "um símbolo da afirmação do nosso povo" e disse que, por esse motivo, a empresa "jamais vai se confundir com qualquer malfeito, com corrupção ou qualquer ação indevida de quaisquer pessoas, das mais graduadas às menos graduadas".Em 2000, o então presidente da Petrobras, Henri Philippe Reichstul, chegou a anunciar a troca do nome comercial da empresa para "Petrobrax", proposta posteriormente abandonada.
Antes de Dilma, a presidente da Petrobras, Graça Foster, discursou na cerimônia e exaltou os investimentos da empresa por meio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) e do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), ambos do governo federal.
 
Compras no Brasil
Em discurso durante a tarde, em Serra Talhada (PE), na inauguração de um trecho da Adutora Pajeú, Dilma voltou a falar sobre a Petrobras, e defendeu a política de compras nacionais da estatal. Ela disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmava, em campanha, que não se podia continuar agradando "as velhinhas japonesas, nem as velhinhas coreanas".
"Ele falava porque a nossa maior empresa, a maior empresa desse país, tanto pública quanto privada, a Petrobras, a nossa grande empresa não dava prioridade para comprar aqui no Brasil o que podia ser comprado aqui no Brasil", relatou Dilma.
Ela destacou a construção de navios e de plataformas de extração de petróleo, e afirmou que um navio como os que foram inaugurados pela manhã custam em torno de R$ 300 milhões, e que uma plataforma pode chegar a custar US$ 1 bilhão. "Tudo isso era feito lá fora, e os empregos eram gerados lá fora", afirmou.
Segundo Dilma, o que mudou foi a decisão de produzir no Brasil, "porque o Brasil tem condições de produzir". Ela disse ter ficado feliz em participar da cerimônia porque ela foi uma prova de que o país é capaz e que, antes, afirmavam que o Brasil não seria capaz de construir nem cascos de navios. 
"Fiquei muito alegre porque lá estava a prova de que nós somos capazes sim. Que o Brasil é capaz sim. Que o trabalhador brasileiro é capaz sim, que o empresário deste país também é bem capaz", sustentou.
Dilma Rousseff esteve em Serra Talhada (PE) nesta segunda-feira (14) para inaugurar uma segunda fase da primeira etapa da Adutora Pajeú, obra que visa a melhorar o abastecimento de água da região. Em março de 2013, a presidente já havia inaugurado uma "primeira fase" da primeira etapa da adutora, confirmou a Secretaria de Imprensa da Presidência (SIP), com 118 quilômetros de extensão.
Na ocasião, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o então ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra, também participaram do evento.
A cerimônia desta segunda irá inaugurar os 79 quilômetros restantes da primeira etapa, que ainda não estavam prontos em março do ano passado. Com isso, Dilma entrega a primeira etapa, com 197 quilômetros de extensão. A presidente também assina nesta segunda a ordem de serviço para o início das obras da segunda etapa da adutora.
Fonte: G1

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