Advogado de Macarrão volta atrás e julgamento é retomado em Contagem


A defesa de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo do goleiro Bruno Fernandes e réu no julgamento pela morte de Eliza Samudio, de 24 anos, voltou atrás da posição de abandonar o júri iniciado nesta segunda-feira (19), em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Com a decisão do advogado Leonardo Diniz de continuar no caso, apenas o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, não terá seu julgamento iniciado hoje . 
Após o principal advogado de Bola, Ércio Quaresma, deixar o plenário no início da tarde criticando a "falta de imparcialidade" dos trabalhos e anunciar que estava fora do julgamento, a juíza Marixa Fabiane Lopes colocou a disposição do réu um defensor público para representá-lo. Bola não aceitou e terá dez dias para apresentar um novo advogado.
Com isso, o julgamento de Bruno, Macarrão, da ex-mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo e da ex-namorada do atleta, Fernanda Gomes de Castro, foi retomado por volta das 15h30 com a manifestação da defesa da última ré. Por não estar se sentindo bem, Macarrão pediu autorização para deixar o plenário e, segundo seu advogado, não irá acompanhar o julgamento hoje. O réu foi levado de volta para a Penitenciária Nelson Hungria.
Em um pedido feito na retomada do julgamento, o promotor Henry Wagner solicitou que fossem retiradas fotos e informações com conteúdo pornográfico do inquérito. “Fotografias que têm como único propósito aviltar a memória de uma vítima, mulher e mãe, que, sequestrada e assassinada, teve o seu corpo transformado em cacos", disse Wagner.
Bruno e Macarrão são julgados pelas acusações de sequestro, cárcere privado, assassinato e ocultação de cadáver. Dayanne responde por sequestro e cárcere privado do bebê que Eliza teve com o jogador; e Fernanda Gomes de Castro é acusada do sequestro e cárcere privado da criança e da mãe.Na sequência do julgamento foi realizado o sorteio do Conselho de Sentença que deteminou que seis mulheres e um homem decidirão pela absolvição ou culpa dos quatro réus. 
Com a retirada de Bola e Macarrão, ficaram no plenário apenas os outros três réus. Dayanne e Fernanda respondem em liberdade e chegaram ao fórum de Contagem bem vestidas e em silêncio. Já Bruno, que está preso desde julho de 2010, veste o uniforme vermelho da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) de Minas Gerais. Bem mais magro após mais de dois anos preso, o goleiro acompanha os trabalhos com o semblante fechado, sentado ao lado de Dayanne. Ao lado está Fernanda, que segura um terço e em alguns momentos reza. Em um rápido contato visual com a mãe, que está na plateia, Fernanda disse baixo para ela sair e "ir tomar um ar".
Após o sorteio do Conselho de Sentença começaram a ser ouvidas as testemunhas de acusação. O primeiro e único a ser interrogado foi Cleiton Gonçalves, que se disse conhecido e amigo de Bruno.Ele confirmou que ouviu o primo do goleiro Sérgio Salles dizer que "Eliza já era", mas que não viu significado nisso .
O julgamento estava previsto para iniciar às 9 horas, mas a manhã no plenário foi marcada por discussões provocadas principalmente por Quaresma . Depois de um princípio de tumulto com o colega Rui Pimenta, defensor de Bruno, e questionar a composição dos jurados que seriam sorteados para o julgamento, Quaresma voltou a se envolver em mais duas discussões com Marixa.
Antes da decisão de deixar o plenário, ele já havia protagonizado um bate-boca com a magistrada ao exigir acesso às mídias com depoimentos de testemunhas. A juíza determinou que esse material poderia ser assistido em equipamento do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), mas a defesa de Bola alegava não ter tido acesso aos interrogatórios.
Os advogados chegaram a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para adiar o julgamento, mas o pedido foi negado pelo ministro Joaquim Barbosa. Segundo Marixa, o material só pode ser assistido em equipamento do TJ-MG para preservar a imagem das testemunhas, já que os interrogatórios estão em áudio e vídeo. 
Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, e Wemerson Marques, funcionário do jogador, também são réus no caso. Eles respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Porém, por questões administrativas, o processo precisou ser desmembrado. Segundo o TJ, eles também serão levados a júri popular, mas a data ainda não foi definida.
Fonte: IG

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