Pesquisa revela distância entre os valores defendidos por fiéis e as doutrinas pregadas pela igreja
Uma pesquisa realizada pelas conferências de bispos de Alemanha e Suíça, e divulgada essa semana, revelou uma grande distância doutrinária entre os preceitos defendidos pela igreja e as praticas e valores defendidos e vividos pelos fiéis. Segundo a pesquisa, que teve como base de estudos féis da Igreja Católica, posições da instituição sobre divórcio, sexo e homossexualidade estão distantes do que a maioria do rebanho pensa sobre estes assuntos.
Entre os cristãos suíços que responderam à pesquisa, 90% defendem que pessoas divorciadas e que se casaram mais de uma vez deveriam ter direito aos sacramentos. Além disso, 60% dos fiéis afirmam que a Igreja deveria reconhecer e abençoar as uniões de casais homossexuais. Segundo o relatório da pesquisa feito por bispos suíços, os fiéis do país também discordam da posição da igreja a respeito do uso de métodos anticoncepcionais, e afirmam que a Igreja deveria “parar de atribuir valores absolutos a certas normas e diretivas”.
De acordo com o relatório dos bispos da Alemanha sobre a pesquisa, os resultados obtidos no país são praticamente os mesmos dos levantados entre os católicos suíços. O documento afirma que “a maioria dos batizados tem uma imagem da Igreja como amigável à família, mas ao mesmo tempo considera irreal a moralidade sexual” defendida pela instituição.
Os dogmas da igreja sobre a sexualidade são as mais criticadas segundo o relatório, que revela que as regras sobre sexo antes do casamento homossexualidade, métodos anticoncepcionais e pessoas divorciadas e casadas novamente “são virtualmente nunca aceitas, ou expressamente rejeitadas na vasta maioria dos casos.”
Segundo o jornal O Globo, a pesquisa foi feita por meio de um questionário de 38 perguntas elaborado pelo Vaticano como documento preparatório para o Sínodo dos Bispos sobre a Família, marcado para outubro, e enviado às conferências episcopais ao redor do mundo. Ainda não foram divulgados os resultados da pesquisa no Brasil, onde as dioceses e arquidioceses tiveram até 20 de janeiro para enviar suas informações à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Fonte: Gospel+
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