Em cada esquina tem gente oferecendo ajuda, diz brasileiro afetado por tornado


O instrutor brasileiro de jiu-jitsu Sandro Sampaio, que vive e trabalha na cidade de Moore, subúrbio de Oklahoma, nos Estados Unidos, reconhece que teve sorte ao sobreviver ao tornado que arrasou a região na segunda-feira.
Sandro, de 32 anos, estava protegido no abrigo de um amigo durante a ventania. Foram menos de 30 minutos até que o alarme parasse de tocar, mas, durante todo esse tempo, relatou, "podia ouvir o vento varrendo tudo". "Podia até ouvir o som dos telhados das casas sendo arrancados", contou à BBC Brasil.
O brasileiro diz que pensou em oferecer o espaço de sua academia para servir de abrigo aos atingidos, mas o edifício está sem luz e a disponibilidade de água é limitada.
"Em cada esquina tem gente colocando banquinha, oferecendo água, oferecendo ajuda", contou. "A cidade está abalada. Tornado era coisa normal para mim, mas esse foi um choque."
'Paus e pedras'
Após fazer um voo de reconhecimento em uma faixa de mais de 30 quilômetros, a governadora do Estado de Oklahoma, Mary Fallin, descreveu as áreas atingidas como não mais que um conjunto de "paus e tijolos".
"Você nem consegue dizer onde estavam as ruas: até os sinais de trânsito desapareceram", disse em uma coletiva nesta terça-feira à tarde. Segundo Fallin, 38 mil pessoas na área atingida permanecem sem energia, sendo metade delas em Moore e o restante na cidade de Oklahoma.
AP
Rodney Heltcel (E) faz buscas em destroços de sua casa para encontrar fotos e outros itens insubstituíveis após passagem de tornado em Moore, Oklahoma

O número oficial de mortos chega a 24, incluindo pelo menos nove crianças que estavam em uma escola primária que ficou entre os edifícios mais atingidos. A governadora, porém, ressaltou que a contagem pode ser maior, já que muitos corpos podem ter sido diretamente levados para casas funerárias, e não para os hospitais da cidade. O saldo total dos feridos chegou a 240, incluindo 70 crianças.
Solidariedade
Enquanto os bombeiros ainda procuram os desaparecidos entre os escombros, a polícia na região de Moore está pedindo aos curiosos que evitem sair de casa para não atrapalhar a circulação das equipes de resgate.
Com tantos postes de energia destruídos e a fiação espalhada pelo asfalto, as autoridades cortaram o fornecimento de energia para evitar acidentes. Depois do tornado, Sandro se dirigiu às casas dos parentes para buscar informações: todos haviam saído ilesos, mas uma tia de sua noiva, americana de Oklahoma, e um amigo tiveram suas casas completamente destruídas pelos ventos de ao menos 322 km/h.
"Na rua logo atrás da minha academia, não há casas, as casas das pessoas foram levadas; eu passei na frente do salão onde corto o cabelo e não tem mais salão; o posto de gasolina também não existe mais; e nem o cinema e nem um lugar de boliche", relata.
Um policial orientou Sandro a colaborar com a Cruz Vermelha, que desde a tragédia vem recebendo dezenas de voluntários que aparecem espontaneamente em Oklahoma.
Fonte: Ig

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