Censura: Venezuela quer proibir notícias sobre a violência no país

Imagem: Divulgação

Se o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, abriu pela primeira vez uma brecha de diálogo com os opositores, o mesmo não se pode dizer da relação do governo com a imprensa. No mais recente cerco à mídia, a Procuradoria-Geral da Venezuela solicitou a um juiz que proíba o jornal “El Universal” de cobrir notícias sobre a violência – um dos problemas que mais preocupam os venezuelanos.

Segundo o Ministério Público, o jornal violou as normas de proteção de menores e contribuiu para “gerar instabilidade na população” ao publicar, na capa da edição de 20 de novembro, uma foto de um corpo numa rua de Caracas. A imagem mostrava o braço estendido do engenheiro Lobsang Rodríguez, de 28 anos, morto após um sequestro.
O primeiro a criticar a publicação foi o próprio Maduro. Depois, o ministro do Interior, Miguel Rodríguez – responsável pela segurança pública – opinou que a imagem merecia “uma ação legal”, e que o governo faria “toda a força” para isso.
O Ministério Público então solicitou a punição do “El Universal” com uma multa de 1% ou 2% das vendas brutas do jornal em 2012. A sanção, caso aprovada, também incluiria a proibição de publicar qualquer informação “com conteúdo de sangue, armas, mensagens de terror, agressão física, imagens que utilizem conteúdos de guerra e mensagens sobre mortes que possam alterar o bem-estar psicológico das crianças”.
De reconhecida tendência chavista, a procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz, já havia proposto, em 2010, um projeto de lei para coibir a ação da imprensa. Na ocasião, a iniciativa naufragou diante dos protestos de organizações de defesa da liberdade de expressão. Mas isso não impediu que posteriormente outros meios de comunicação acabassem silenciados com ações judiciais.
Fonte: Verdade Gospel

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