Criticado por católicos, Russomanno diz que não fará “guerra santa”
Na madrugada deste domingo (16), Dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, divulgou uma nota orientando para que, durante as missas, os padres de suas 300 igrejas deviam fazer críticas a Marcos Pereira, presidente do PRB e coordenador-geral da campanha de Celso Russomanno à Prefeitura.
O motivo da ação é porque o bispo licenciado da Universal atacou a Igreja Católica e é necessário que os fiéis estejam conscientes disso e do que chama de “manipulação política da religião”. A estimativa da Arquidiocese é que 600 mil católicos participam das missas aos domingos.
O estopim dessa ação é um texto assinado por Marcos Pereira que ligava a Igreja Católica à Católica à proposta de distribuição do chamado “kit gay” nas escolas dois anos atrás. Embora seja de 2011, recentemente voltou a circular nas redes sociais, causando essa polêmica.
Na celebração na Catedral da Sé, comandada por dom Odilo, ele falou da necessidade de esclarecimentos sobre desse “ataque contra a Igreja Católica”. Leu então seu artigo, intitulado “Política com ofensas à Igreja, não!”, em que classifica o texto do bispo da Universal de “ataque inaceitável” contra os católicos de todo o Brasil, pois “as coisas ali ditas são difamatórias e beiram ao absurdo.”
Mas Don Odilo lembrou a orientação da igreja para que “espaços e momentos de celebrações não sejam utilizados para a propaganda eleitoral partidária nem para pedir votos para candidatos”.
Mas Don Odilo lembrou a orientação da igreja para que “espaços e momentos de celebrações não sejam utilizados para a propaganda eleitoral partidária nem para pedir votos para candidatos”.
“Entendemos que o voto dos cidadãos é livre e não deve ser imposto aos fiéis como cabresto eleitoral nem devem nossos templos ser transformados em currais eleitorais”, finalizou, sendo aplaudido pelos fiéis presentes na missa na Sé.
Essa ofensiva contra a Igreja Universal e a candidatura de Russomanno (PRB) pode interromper a ascensão dele que é líder isolado das pesquisas de intenção de voto na capital paulista.
Celso Russomanno, que é católico, resumiu-se a dizer que não iria polemizar com o cardeal. “Não vamos fazer uma guerra santa em São Paulo.” Para ele, os ataques à sua candidatura são demonstração de “desespero” de seus adversários.
O candidato do PRB nega que a Universal seja a principal articuladora de sua campanha: “Quer dizer que agora porque determinada pessoa é de uma religião não pode participar de um determinado partido?”, repetindo a frase que havia dito no dia anterior: “Religião é religião, política é política”.
Semana passada, em resposta ao primeiro ataque da Igreja Católica à sua candidatura, Russomanno declarou durante seu programa eleitoral que está sendo vítima de um “jogo sujo” pelo poder.
Dom Odilo defende que não foi a Igreja Católica que levantou a questão religiosa nas eleições municipais de São Paulo, mas sim por Pereira, a quem chamou de “falso blogueiro”. O bispo licenciado da Universal preferiu não comentar a carta, para tentar “encerrar o assunto” e semana passada declarou que lamentava o uso de seu texto “de maneira indevida às vésperas da eleição para a Prefeitura de São Paulo”.
Fonte: Gospel Prime
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