Papa defende liberdade religiosa em visita ao Líbano



Em visita ao Líbano, o papa Bento XVI defendeu neste sábado (15) a liberdade religiosa como "um direito fundamental", num discurso diante dos líderes políticos e religiosos do país, após reunião no palácio presidencial de Baabda.

"Pregar e viver livremente sua própria religião sem colocar em perigo a vida e a liberdade deve ser possível para todos", disse o sumo pontífice, que chegou ontem ao Líbano na primeira visita, de três días, ao país nos sete anos de pontificado.

Na opinião do Papa, "a liberdade religiosa tem uma dimensão social e política indispensável para a paz. Promove a coexistência e uma vida hamorniosa por seu compromisso comum ao serviço das causas nobres. A busca da verdade não deve se impor pela violência, e sim por força da verdade, que é Deus".

Joseph Ratzinger viajou ao país num momento de tensão no Oriente Medio pela crise na Síria e os protestos contra um vídeo considerado ofensivo ao Islã.

"Por que Deus escolheu essa região? Por que vive em tempestade? Me parece que é para servir de exemplo e testemunho diante do mundo da possibilidade de que o homem possa viver seu desejo de paz e reconciliação de modo concreto", disse.

Nesse sentido, ele considerou que "o Líbano está chamado, hoje mais do que nunca, a ser um exemplo", já que neste país o cristianismo e o Islã conviveram durante séculos.

Referindo-se aos Estados que enfrentam conflitos armados, pobreza, desemprego, corrupção e terrorismo, pediu "solidariedade para apoiar as iniciativas que levam à unidade do povo por meios justos e honestos".

O papa terminou o seu discurso com um "salaam Aleikum" (a paz esteja com você), chamado para uma sociedade plural "de respeito mútuo, harmonia, conhecimento de outras pessoas e de diálogo contínuo.

Após entrevistas com as autoridades do país, Bento XVI almoça com os Patriarcas e Bispos do Líbano, bem como os membros da Assembleia do Sínodo para o Oriente Médio, no Refeitório do Bzommar Patriarcado Armênio católica, perto de Beirute.

Depois vai à sede do patriarcado maronita, em Bkerke, para um encontro com os jovens, às 18h (hora local), que está programado para fazer um discurso.
Fonte: G1

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