Obama e democratas recebem críticas por retirarem a palavra “Deus” da plataforma


Representantes ligados a comunidades religiosas estão acusando o presidente dos EUA e candidato à reeleição Barack Obama e o partido Democrata de serem anti-religião. Isso porque a palavra ‘Deus’ foi retirada da plataforma do partido durante a convenção em Charlotte.
Enquanto em 2004, havia sete referências na plataforma para Deus e em 2008 apenas uma menção indicando que todos tinham “a chance de aproveitar ao máximo o seu potencial dado por Deus”, este ano, a plataforma diz somente:
“Na América, o trabalho duro deve receber seu pagamento, a responsabilidade deve ser recompensada, e cada um de nós deve ser capaz de ir tão longe quanto o nosso talento nos levar.”
Muitos líderes se pronunciaram contra a mudança na diretriz do partido, inclusive o candidato a vice-presidência republicano Paul Ryan e reverendo Michael Stevens, pastor da Universidade City Church em Charlotte.
“Como pastor sinto que todo o respeito e reverência para com a igreja e o clero foram removidos pelo Partido Democrata”, Stevens disse à CBN News. “Eles estão dispostos a dizer: ‘Podemos vencer sem os seus votos (dos religiosos), mesmo que isso signifique ser confrontador e agressivo”, completou.
Já Paul Ryan criticou a ausência de Deus na plataforma democrata, em contraste com as 12 vezes que os republicanos fizeram menção na semana passada.
O recente posicionamento de Obama a favor da união homossexual, do direito da mulher ao acesso ao aborto e em favor de uma reforma em favor dos imigrantes , entre outros pontos, tem provocado um ponto de divisão entre democratas e republicanos nos EUA, segundo o Huffington Post.
A tensão sobre a palavra “Deus”, incluída nas teses democratas mas ausente agora destacou essas diferenças.
O conteúdo das plataformas dos dois partidos refletem a crescente polarização e mostra o maior nível de disputa nos últimos 25 anos nos grupos políticos, de acordo com Centro de Pesquisa “Pew”.
Segundo Bill Galston, da Instituição “Brookings”, ouvido pela Efe, a maior divergência ideológica tem a ver com o papel reservado ao governo para curar os males da sociedade. Nesse contexto, tanto Romney como Obama oferecem visões radicalmente opostas desse tema.
Um consenso em torno do assunto será reservado ao vencedor das eleições de novembro.
Fonte: Gospel+

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