ONU critica programa nuclear do Irã e diz que situação é 'inaceitável'
Após Israel intensificar as ameaças de um ataque ao Irã, o conselho diretor da Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA) da ONU repreendeu o país nesta quinta-feira por continuar com seu programa de enriquecimento de urânio. A entidade se mostra preocupada com as constantes negações do presidente Mahmoud Ahmadinejad em detalhar sobre as pesquisas atômicas do país, considerando o caso "inaceitável"
"O Irã não respondeu de maneira séria a nenhuma das conversas destinadas a esclarecer seu programa de desenvolvimento atômico", diz um trecho da resolução. A falta de progresso na situação é "frustante", disse o diretor geral da entidade, Yukiya Amano.
Embora o governo iraniano insista que suas atividades sejam realizadas com fins pacíficos, 31 dos 35 países membros do conselho votaram a favor da repreensão. Cuba foi o único que votou contra. Representantes de Egito, Ecuador e Tunísia estavam ausentes e não votaram. Segundo a resolução, mesmo que a preocupação seja "séria", a solução deve ser pacífica.
Apesar de censurar formalmente o país, a agência ligada à ONU tem pouco poder para aplicar sanções econômicas ao regime de Ahmadinejad. Estados Unidos e União Europeia seguem, de forma unilateral, com embargos a diversos setores da economia iraniana.
Em resposta, um dos representantes da AIEA no Irã disse estar pouco preocupado. "A pressão internacional dos países ocidentais, especialmente os Estados Unidos, tenta transformar a Agência Internacional de Energia Nuclear em um mero cão de guarda da Nações Unidas", afirmou Ali Asghar Soltanieh.
Tensão
Nesta semana, a falta de diálogo atingiu também Israel e Estados Unidos, aliados antigos na causa. Segundo a Casa Branca, o presidente Barack Obama não conseguiu receber o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu durante sua visita aos Estados Unidos, no fim deste mês, porque sua agenda estava totalmente tomada pela campanha eleitoral.
A rejeição foi interpretada em Israel, no entanto, como mais um sinal de uma "crise grave" nas relações entre os dois países.
Fonte;ig
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