Juíza determina prisão de produtor do vídeo que satiriza Maomé

A juíza Suzanne H. Segal, da Corte do distrito central da Califórnia, determinou a prisão nesta quinta-feira do produtor do polêmico vídeo que satiriza Maomé após ele ser detido pela manhã por violar sua liberdade condicional.
Nakoula Basseley Nakoula, de 55 anos, foi o produtor de "A inocência dos muçulmanos", vídeo que após ter um trecho de 14 minutos divulgado no YouTube provocou reações violentas da comunidade islâmica. O filme mostra Maomé como um mulherengo e uma fraude religiosa. A Promotoria informou nesta sexta-feira sobre a detenção de Nakoula, que tinha sido identificado pelas autoridades mas estava escondido para evitar represálias em função do vídeo. 
Violação da condicional
Nakoula foi declarado culpado de fraude bancária em 2010 e estava em liberdade condicional após passar 21 meses na prisão. O produtor não podia acessar a internet sem autorização das autoridades, explicou o porta-voz da Promotoria, Thomas Mrozek.
A juíza considerou que Nakuola descumpriu com o estabelecido e mentiu aos supervisores que cuidavam do seu caso. Suzanne H. Segal afirmou ainda que Nakoula representava um "certo perigo para a comunidade", segundo informou o jornal "Los Angeles Times". A Promotoria solicitou que Nakoula fosse preso por temer que ele tentasse sair do país. O advogado de Nakoula negou que seu cliente tivesse violado a liberdade condicional e pediu para ele não ser enviado para a prisão federal de Los Angeles, onde estão reclusos um grande número de muçulmanos.
Pedido negado
No último dia 20, um juiz da Corte Superior do condado de Los Angeles rejeitou o pedido de uma das atrizes do vídeo, Cindy Lee García, para que fosse retirado do YouTube o polêmico vídeo. A intérprete alegou que participou de gravações para um filme chamado "Desert Warrior" entendendo que se tratava de uma aventura histórica no deserto da Arábia, mas que os produtores tinham outras intenções que esconderam do elenco.
Fonte: O DIA

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