Suspeito da morte de cinegrafista acusa partidos de aliciar ativistas

Advogado estuda anular inquérito após depoimento sem sua presença
Advogado de Caio estuda anular inquérito após depoimento sem sua presença
Caio Silva de Souza, um dos suspeitos da morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, prestou depoimento depois de ter sido encaminhado para o presídio. No documento, revelado pelo jornal “Extra” e ao qual o Jornal Nacional teve acesso, ele diz que Fábio Raposo, o outro suspeito do crime, acendeu o rojão que atingiu o cinegrafista.
Ao chegar ao Rio preso, na manhã desta quarta-feira (12), Caio Silva de Souza se negou a prestar depoimento. Mas de madrugada, já na Cadeia Pública José Frederico Marques, no Complexo de Bangu, na Zona Oeste, ele foi ouvido por uma equipe da Polícia Civil.
Imagem: Reprodução/G1
No documento a que o Jornal Nacional teve acesso, Caio contou ter ido ao ‘Ocupa Câmara’, quando ativistas ficaram acampados na Cinelândia, em frente à Câmara de Vereadores. E que na ocasião viu a chegada de até 50 quentinhas para alimentar os ativistas.

Aliciamento
Ele afirmou que tem pessoas que aliciam jovens para participar de passeatas. E que já foi convidado também para participar de forma remunerada. Caio disse que não conhece essas pessoas que aparecem no meio da manifestação e que falam que, se tiver com dificuldade financeira para voltar na próxima, pode pegar com eles o dinheiro da passagem, bem como aparecem com lanches e quentinhas.
No depoimento, ele contou também que não foi chamado pela ativista Sininho para as manifestações, mas que sabe que ela é uma das pessoas que organiza as passeatas e protestos. Caio disse não achar que ela seja líder, mas manipula a forma como a manifestação vai acontecer. Nesta quarta, a repórter Bette Luchese perguntou a Caio se ele conhecia a ativista Elisa Quadros, a Sininho. “Nem sei quem é. Nem sei quem é a Sininho”, respondeu.
Caio disse também à polícia que algumas pessoas são encarregadas de distribuir pedras e apetrechos, mas não sabe quem são. Perguntado se existem financiadores, disse que existem, sim, tais financiadores, mas que é preciso investigar por dentro. Ele diz acreditar que os partidos que levam bandeira são os mesmos que pagam os manifestantes. Ele contou já ter visto bandeiras do PSOL, PSTU e a FIP, que, segundo ele, são os financiadores.
Em um trecho do depoimento, há uma declaração truncado. Caio diz: “A FIP [Frente Independente Popular] é um dos grupos que organiza em reuniões plenárias”, mas que nunca participou dessas reuniões.
Sobre o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, Caio disse que Fábio deu o objeto a ele e que pensou ser um sinalizador. Fábio Raposo é o outro suspeito, preso no domingo (9). Na entrevista desta quarta, Caio disse que achou que o artefato fosse um outro tipo de explosivo.
Partidos se defendem
Em nota, o PSOL declarou que nunca teve contato com os suspeitos, que são levianas as acusações que recebeu de envolvimento nesse episódio. E que não utiliza, nem defende a violência nas manifestações.
O PSTU também divulgou nota em que nega ter qualquer ligação com black blocs ou grupos da mesma ideologia. Afirmou também que, no ano passado, foi o único partido de esquerda a discordar publicamente dos métodos empregados por esses setores do movimento social.
A FIP, Frente Independente Popular, e a ativista Elisa Quadros foram procurados pelo Jornal Nacional, mas não deram retorno.
Fonte: Verdade Gospel 

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