Irlanda do Norte começa investigação sobre abusos da Igreja Católica no país


País está investigando mais de 400 casos de abuso
País está investigando mais de 400 casos de abuso
A Irlanda do Norte começou audiências públicas de investigação sobre abusos de qualquer tipo (sexual, física e psicológica) cometidos contra crianças em instituições públicas e privadas, ocorridas entre 1922 e 1995.
Até agora, 434 pessoas entraram em contato com os pesquisadores e declararam terem sido vítimas de tais abusos.
A chama Investigação sobre Abusos Históricos é o maior nesta área no Reino Unido e não é nada mais do a simples extensão para a Irlanda do Norte das investigações que durante anos abalaram a Irlanda.
Algumas dessas investigações culminaram em 2009 no Relatório Ryan, que expôs a extensão dos endêmicos abusos físicos e sexuais em instituições da Igreja Católica com a aquiescência silenciosa das autoridades políticas.
Na segunda-feira (14) começou a fase pública da investigação, que deve durar 18 meses. Os pesquisadores então tem seis meses para elaborar os seus resultados, que serão apresentados ao Parlamento autônomo de Stormont.
A Investigação “quer dar voz àqueles que sentiram que o sistema falhou com eles”, explicou a principal advogada da equipe de investigação, Christiane Smith.
O objetivo oficial da investigação é estabelecer se houve “falhas sistêmicas das instituições ou do Estado em suas obrigações para com as crianças sob seus cuidados” e decidir se as vítimas devem receber pedidos de desculpas e indenizações.
Os investigadores têm poderes para convocar qualquer pessoa para prestar depoimento.
Embora não possam declarar culpados, eles têm a obrigação de levar à polícia todas as informações que recebem sobre as possíveis responsabilidades criminais.
Nos casos que possam comprometer o direito de defesa de um réu em potencial, as declarações devem ser feitas em privado.
A convocatória da investigação é resultado da pressão que houve em Ulster por um relatório tão profundo quanto o Ryan.
A investigação foi anunciada em 2010 e formalmente colocada em movimento 31 de maio de 2012.
Inicialmente optou-se por investigar os casos que ocorreram durante 50 anos, entre 1945 e 1995, mas, depois, o período foi ampliado até 1922, coincidindo com o ano da independência da Irlanda.
No entanto, só os abusos que ocorreram em instituições como as que são geridas pela Igreja, pelo Estado ou por voluntários privados, serão investigados.
Isso deixa de fora os abusos sofridos por crianças fora dessas instituições, tais como as que estavam em um orfanato e os residentes nas casas da Lavanderia Madalena (dirigidas por freiras católicas) na Irlanda do Norte.
Das 434 pessoas que dizem que foram abusadas em instituições no período, cerca de um terço já não vive na Irlanda do Norte.
Dessa parte, cerca de 60 residem na Austrália e o resto está, na sua maioria, no Reino Unido ou na República da Irlanda.
Os investigadores estabeleceram que cerca de 120 crianças que estavam sob cuidados foram deportadas para a Austrália entre 1947 e 1956, no contexto da política de imigração implementada pelo Governo britânico.
Fonte: Verdade Gospel 

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